segunda-feira, fevereiro 05, 2007

[Egipto] 30 de 45 dias

Guardião dos túmulos em Sakkara
Em volta das escavações levadas a cabo pela equipa francesa em Sakkara, há três destes guardas armados, montados a camelo e posicionados no topo dos montes mais altos que rodeiam o local.


Já lá vai quase um mês desde a minha última "aparição"...muito muito trabalho e posso com toda a honestidade afirmar que em 30 dias, só tive um dia de folga...em que aproveitei para apanhar o comboio até Luxor, numa viagem de cerca de 750km ou 10 horas ao longo do Nilo, a apreciar o Egipto profundo.


Cenas do quotidiano no interior do túmulo de Irukaptah, em Sakkara
Irukaptah foi o "chefe Talhante" faraónico do início da 5ª Dinastia, o seu túmulo é famoso pelas cenas do quotidiano da sua especialidade.

Vale dos Reis
vir aqui seria absolutamente necessário...passar pela casa onde Howard Carter bebeu o chá das cinco enquanto se preparava para mais um dia de escavações em busca de Tutankhamon.


Grafitti em Grego, no templo de Luxor
a zona da antiga Thebes, capital do antigo alto Egipto é conhecida por ser um destino popular turístico durante o período clássico...o local prolifera de graffitis em grego e latim.



Amanhecer no Egipto profundo, algures entre Cairo e Luxor
foram 10 horas e 750 Km de viagem de comboio em 2ª classe (e tudo o que isso implica no Egipto) ao longo do Nilo


Entrada de túmulo, 5ª Dinastia, Sakkara
num aglomerado de túmulos ligeiramente afastados do faraó, ficam sepultados os súbditos mais chegados...o manicure, o talhante, o escriba...esta é a saída do túmulo de
Irukaptah, o chefe talhante



Paisagem no vale do Nilo
ao longo das férteis margens do Nilo, são estes palmeirais e plantações que dão sustento à populações à milénios.



Mercado em Attaba, Cairo.
esta fotografia, tirada por volta da meia-noite de um normal dia de semana, retrata o dia-a-dia (ou será o noite-a-noite) dos cairenses mais pobres - uma vez que nenhum egípcio com um curso superior ousaria ser conotado com a "ralé de Attaba"



Mercado em Attaba, Cairo.
aqui pode-se encontrar de tudo um pouco, desde a falsificações de boa qualidade a cuecas tipo "para-quedas", passando pelos tecidos lustrosos, móveis, carne, bolos, lustres...



Graffiti Escocês(?) Templo de Luxor
em pleno século XIX o egipto era alvo de excursões vindas maioritariamente de frança e inglaterra, este senhor W. Boggie em 1820 achou por bem acrescentar o seu nome a um mural faraónico no templo de Luxor.



Hieróglifos no templo de Luxor



Mesquita datada do séc. XIII, construido sobre as colunas do templo de Luxor.
numa interessante mescla de arquitecturas, os árabes aproveitaram à 800 anos os alicerces desde milenar templo faraónico em Luxor para construirem o seu local de devoção.

Uma nota à parte: foi-me dito que a palavra inglesa "mosque", em português: mesquita deriva de uma palavra em latim que quereria dizer "lugar dos mosquitos", numa alusão em tom de troça ao cheiro que emana destes sitios onde caminhantes são obrigados a descalçar-se. O nome correcto em Árabe é "Mes'Get".


Prometo contar nos próximos dias as peripécias e as introspeções colecionadas até agora nestes 30 dias no Mundo Antigo... serão mais 15 e no dia 19 deste mês espero estar a chegar à Portela.

1 comentário:

McBrain disse...

Viva, caro relógio.

Fotos interessantes. Seria também interessante descreveres a dita viagem de comboio. Sou grande fã de comboios e acho que tal viagem deve aproximar-se de uma epopeia. E olha que eu já fiz Algarve - Porto em segunda classe, com triple booking! :)

em relação à palavra "Mes'Get", é interessante ver como a nossa palavra "mesquita" se aproxima muito mais do que o inglês... talvez pelo que referiste (moscas e afins!)

Faz uma boa viagem de volta!

Ass.
O Rabejador