sábado, novembro 25, 2006

[Qatar] - Plástico mundo Árabe


Sexta foi o dia todo a andar de avião...primeiro até Amesterdão, depois de amesterdão até Dhahran, e de Dhahran a Doha.

Depois de Amesterdão, o avião (um não muito pequeno A330) veio quase vazio...



Quiçá talvez por sorte...eis que a casa de banho tem um espelho para alimentar o meu narcisismo...por uma questão de "mera curiosidade": esta foto foi tirada no exacto momento em que sobrevoava Bagdad.



Ao olhar pela pequena janela do avião enquanto sobrevoava a arábia saúdita, deparei-me com uma visão espectacular...grandes chamas, provinientes das milhares e milhares refinarias de petróleo...a iluminar o solo negro como que velas... esta é uma imagem que tão cedo não irei esquecer...tenho imensa pena de não ser possivel fotografar aquele cenário devido à pouca luz e à velocidade do avião...

Cheguei a Doha já tarde...e o rapaz do táxi, indiano...chegado ao Qatar à dois dias não fazia puto de ideia onde ficava o hotel nem "tampouco" falar árabe..."estou bonito estou"...pensei...eram 23h30 quando fiz check-in no hotel. Duche, vestir e ala para a discoteca do hotel Marwar, que é a "loucura" da cidade, sendo a única a fechar à tardia hora de...3h30!

Nesta noite aprendi algo fabuloso...um sorriso e uns beijos na cara podem salvar vidas...esta malta é maluca.

FIM DE SEXTA FEIRA.

INICIO DE SÁBADO.

Acordei tarde...assim a atirar para as 10h, apanhei um táxi para "a zona pobre da cidade"...e eventualmente fui entrar na loja do Mohammed Ali, paquistanês (não gozo...é mesmo o nome dele). Sorriso para aqui sorriso para lá, ofereceu-me os direitos do seu sorriso sincero...e um leite com chocolate para o pequeno-almoço.



Ao pé da loja do Ali havia dúzias de "antros" como o salão Al Mazali, headresser, punjabi style...



Chineses, nepaleses, paquistaneses, indianos, coreanos...mas nem um "árabe!" - "Estarei eu num país árabe?" - pergunto-me .



Como rápidamente me foi dado a perceber...autenticidades e réstias do passado...até as há, mas poucas...



Indianos estabelecem as suas lojecas...



e a pouco e pouco caminhei para a zona "chique" e aristocrata da cidade...













A determinada altura, entrei no centro comercial "city center", capaz de rivalizar com o Colombo em tamanho...e era o último lugar onde eu esperava encontrar...isto!





Bemvindo ao "Nando's"! - lê-se na ementa.

Depois de alguma conversa, percebi que o Nandinho era um tuga, imigrante na África do Sul, que decidiu abrir uma cadeia de restaurantes.

Para além de trocar os 7 castelos de Afonso III por pagodes (tal qual nas bandeiras de portugal "made in china", durante o mundial) a comida pouco ou nada tem de portuguesa...a não ser talvez nos nomes...ora vejamos



que tal um chicken prego?



Ninguém no restaurante sabia falar português, e quando perguntei a um dos empregados onde ficava portugal...sorri (um sorriso bem amarelo) quando me disse que ficava ao pé da áfrica do sul.

Por agora é tudo...mais há-de vir...daqui a bocado vou ter com um amigo sul-africano (não, não é o Nandinho) que conheci ontem à noite na discoteca.

1 comentário:

McBrain disse...

Excelente posta. Boa descrição do passeio. :-)

No entanto, permita-me que discorde. O frango assado é bem confeccionado.

A minha experiência do Nando's foi em Canterbury, onde comi repetidas vezes. Bom frango, vinho, águas e refrigerantes tugas, e menu bilingue, com o qual eu me divertia a fazer pedidos! :-D